sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Bullshit

Nelson Mandela acabou de criar mais uma estrela no céu para os mais crentes, ou, para os mais descrentes, acabou deixou um legado de luta em aberto para que todos o continuemos por ele.
Até aqui, todos estamos de acordo.
Li um notícia de Daniel Oliveira no Expresso Online que nos faz pensar um bocadinho (ou pelo menos deveria).

Entre outra coisas, diz assim:
«Estávamos em 1987, e o mundo pressionava a África do Sul para libertar Nelson Mandela. Um homem que o Departamento de Estado norte-americano considerava "terrorista" e que Portugal não via com especial simpatia. Por essa altura, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, com 129 votos a favor, um apelo para a libertação incondicional de Mandela. Alguns, poucos, países estragaram a festa, faltando com o seu voto. Um deles foi os Estados Unidos, então presididos por Ronald Reagan. Outro foi o Reino Unido, que tinha ao leme a amante da democracia e da liberdade, Margareth Tatcher. E o outro foi Portugal, que tinha como primeiro-ministro o mesmíssimo Cavaco Silva que hoje se comove com as "verdadeiras lições de humanidade" do homem que, por pressão internacional, saiu, sem rancor, de 20 anos de cativeiro sem a ajuda de quem hoje tanto celebra o seu legado.»

E penso eu, a mentalidade de um homem pode mudar assim tanto em 26 anos? Não, na minha opinião é impossível! Fascista pode ficar menos fascista. Racista pode vir a tolerar algumas diferenças raciais mas jamais aceitar todos de igual para igual. Defensor dos direitos humanos e da igualdade pode ficar cansado de lutar (apenas). Mas mudar do 8 ao 80? Não, na minha opinião não!

Não é que esteja a chamar estes nomes ao digníssimo PR, mas a verdade é que, se há 26 anos não defendia as causas de Nelson Mandela, agora não pode estar a congratulá-lo pelo trabalho feito porque, não o reconhece verdadeiramente e não acredita no mesmo. Ou, se há 26 anos até no fundo defendia as causas de Mandela mas não teve coragem de vestir as calças de defensor e votou contra a sua libertação por pressões externas, hoje, essa mesma pessoa não deveria estar à frente de um país com o mais alto poder que este concede, porque irá (e, na minha opinião, já o fez) baixar as calças na primeira dor de barriga principalmente quando as cólicas se chamam "Alemanha", "Estados Unidos", "Inglaterra" e outros que tanto.

Pequenez
Talvez o legado deste senhor se traduza na celebre frase "Mas será possível que alguém do exterior possa entrar no meu computador e ver os meus e-mails?"

Para que fique claro, o nosso PR dá-me fastio.




Que este sorriso nunca se apague dos nossos corações e das nossas mentes.

A noticia de Daniela Oliveira na integra aqui.

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