Mas falta-lhe uma coisa pela qual luta diariamente: a saúde da mãe.
Desde há uns anos para cá, a Ritinha ajuda a mãe a superar um cancro que parece não ter fim.
Naquele domingo falávamos, perguntava-lhe como estava a mãe dela e então abateu-se um desanimo na cara dela. "Está bem melhor que há um ano atrás, mas vai ter que parar com os tratamento porque não conseguimos mais dinheiro".
Foi como se uma pedra entrasse no meu estômago e se instalasse lá como uma ulcera.
À mãe da Rita, a Josefina, foi-lhe diagnosticado cancro da mama aos 39 e agora, com 47, luta contra estas células malditas que se espalharam por várias partes do corpo. Já numa fase em que ninguém acreditava numa recuperação a não ser a própria Josefina e os seus familiares mais próximos, ela começou a fazer o tratamento das vacinas das células dendríticas e os valores tumorais baixaram em 50%. Agora está prestes a parar com o tratamento por falta de recursos financeiros. O médico aconselhou a alargar o prazo entre as vacinas em vez de baixar de imediato os braços.
A Rita tem sido a filha, mãe, tia, madrinha, avó, amiga que qualquer mãe poderia querer.
Tudo na mesma pessoa para a mesma pessoa.
Tudo na mesma pessoa para a mesma pessoa.
Entretanto a Rita deixou de estudar, começou a trabalhar e continuar a lutar.
A Ritinha já organizou corridas solidárias, festas, karaokes, jantares, caminhadas e zumbas. Pediu para deixar latinhas de mealheiros nos cafés, fez peditórios. Tudo o que havia para fazer, ela fez. Porque a mãe dela quer viver, mas mais que isso, a Rita quer a mãe a veja viver.
Desde esse dia tenho esmagado a minha cabeça a pensar em formas de ajudar, sabendo que não consigo dar um contributo monetário que faça a diferença. Lembrei-me de uma coisa que poderá ajudar.
Que tal organizar um passeio, cujo o valor remanescente ao custo da organização, fique para a Josefina? Perguntei a algumas pessoas o que achavam da ideia e toda a gente apesar de achar boa ideia, vê sempre a parte negativa das coisas. "E será que consegues juntar todas as pessoas que precisas?" "Parece-me arriscado!" "Não sei se as pessoas vão aderir".
Já há muito que a minha irmã reclama por um passeio ao Jardim Zoológico de Lisboa e eu pensei juntar o útil ao agradável. Alugamos autocarro, vamos todos por aí abaixo e ainda conseguimos ajudar a Josefina.
Mas ao primeiro contato, sou atirada para o negativismo.
Eu só imagino a força que a Rita tem que arranjar para não ser demovida pela má vontade das pessoas. Para continuar a acreditar.
Acreditem, desde esse domingo, embora também tenha passado acumulado isto com uma situação desconfortável minha, não consigo encontrar ânimo. Não para ajudar a Josefina, mas sim para acreditar em pessoas que se dizem muito boas e depois no meio de tudo ainda ouço um "mas tudo isso para quê, se sabemos qual será o desfecho?" Acreditem!
Seja como for, vou falar com a Ritinha e por o plano em marcha para o Jardim Zoológico.
E quem for do Grande Porto e quiser ir, vou abrir a possibilidade de participar ao maior numero de pessoas possível.
Sei que para conseguir ajudar a Josefina, talvez tivesse que fazer um post bem mais pequeno, mas tinha que por cá para fora o que senti apenas em semana e meia de impotência face a este conjunto de coisas, situações e sentimentos.
Antes da doença
Antes do tratamento das Vacinas das Células Dendriticas
Depois da 5ª Vacina das Células Dendriticas
Facebook "Vamos ajudar a Josefina Rufo"
TITULAR: JOSEFINA RUFO
BANCO: Millenniumbcp
NIB: 0033 0000 45438320034 05
IBAN: PT50 0033 0000 45438320034 05
SWIFT: BCOMPTPL
CONTATO: 918301935
Excelente iniciativa! Boa sorte com o plano para o Jardim Zoológico! Força!
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