“Esperança”
foi a peça de teatro que fomos ver ontem.
Andava um
bocadinho triste (vá, não era triste, mas assim meia para o desapontada) por
não conseguir ver “Esperança” do César Mourão no Teatro Sá da Bandeira. Por
motivos vários (que depois pode ser que publique um post sobre o assunto, se
encontrar tempo) não tinha disponibilidade na sexta-feira à noite e muito menos
no sábado. E como estes dois dias já iam ser cheios de tudo, mesmo muito cheios,
achei por bem que o domingo seria para ficar em casa. O Miúdo queixa-se que eu
não paro, nem deixo ninguém parar. E Além disso, andamos em altura de “apertar
o cinto” porque vêm aí três fins de semana com 3 casamentos, ou seja, em modo
non-stop.
Mas desta
vez foi o miúdo que não “parou” e fez-me uma surpresa. Ofereceu-me bilhetes
para irmos ao teatro no domingo à noite. Fiquei mesmo muito contente. Fiquei
mesmo feliz!
Sobre a peça
de teatro, fiquei completamente sem palavras. Nunca, mas nunca imaginei que uma
peça de teatro com uma única pessoa em palco me fosse agarrar desde o primeiro
segundo até ao último.
Quem me
conhece sabe que tenho um género de “paixoneta” parva pelo César Mourão. Ou
apenas pelo sentido de humor dele, não sei, mas a verdade é que o adoro e vou
daqui-a-ali para o ver nos mais diferentes formatos. Ontem foi mais uma prova
que ele é dos artistas mais completos que temos em Portugal. Ele faz teatro,
stand-up, filmes, etc… Ele escreve, interpreta, canta e etc. Adoro-o! Adoro-o!
Adoro-o!
Mas este
post não é só sobre ele (mas podia!). A peça de Teatro “Esperança” é sobre uma
idosa, a Esperança, que vive agarrada a um amor perdido do passado e que não
perde a esperança de o reencontrar, com humor à mistura.
Identifiquei-me
muito com o sentimento, não com a história, porque tenho o meu “António”
comigo, do meu lado, todas as noites, apesar de ainda não termos visto neve em
Paris (esta é uma private joke para quem viu a peça).
Ultimamente a minha vida
tem acontecido agarrada à esperança e tem sido essa esperança que me tem feito
acordar todas as manhãs com vontade de viver ao máximo mais um dia. Às vezes
não precisava de ser um máximo tão intenso, mas não controlo.
Acredito que
a vontade de viver se sobrepõe a qualquer limitação. Podemos não chegar aos
fins pelos meios mais fáceis ou convencionais, mas havemos de lá chegar.
Ontem à
noite, senti que aquela peça de teatro me chegou ao coração. Não sei se foi o
César que é muito bom ator e transmitiu a mesma emoção a todos os espetadores,
se a peça toca em assuntos sensíveis (pelo menos para mim), se eu estou numa
fase da minha vida em que qualquer coisa me emociona ou se foi uma combinação
de todas. Acredito que tenha sido a última, mas obrigada!
Obrigada ao
Miúdo por ter comprado os bilhetes e pela surpresa!
Obrigada ao
César por ter sido fantástico mais uma vez!
Obrigada à
vida por me colocar à prova desta maneira! Preferia não ter que provar nada,
mas já que tem que ser, toca a agradecer o que me deram. O meu pior há-de ser o
melhor de muita gente e eu tenho que agradecer por isso!
Jelly Pearl
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